08 julho 2009

Aprendendo aquilo que nínguem nos ensina

A real dificuldade daquilo que todos dizem difícil está naquilo que não nos ensinam, mas que se formos realmente bons aprendemos sozinhos. O ser humano tem uma capacidade enorme de se adaptar à realidade que encaixa mesmo quando não sabe bem como foi ali parar, mesmo quando não sabe se ali quer estar, há um instituto de sobrevivência que passa por saber tolerar, aprender! Nínguem me ensinou o que estou a aprender, não assim a realidade dura e crua, a fragilidade da vida humana numa cama de hospital levada ao extremo. Deixem-se de éticas, deixem-se de palavras e metam-nos no terreno, queremos ver se sobrevivemos ao nosso próprio ser, queremos ser postos à prova, todos os dias cada vez mais. Tememos pela vida ao mesmo tempo que lhe damos uma importância diferente das outras pessoas, nós sabemos o quanto ela é preciosa, o quanto deve ser preservada. Não perdemos o coração ao contrário do que muitos dizem, apenas deixamos a racionalidade falar mais alto, para que possamos agir, caso contrário ficariamos paralisados! Não é fácil. Pensei que não me poderia impressionar, que nada me faria recair... mentira! Nunca estamos preparados para tudo, nunca sabemos como vamos reagir quando o desafio é novo. Há que reconhecer, sem medo, que tivemos uma falha, que somos tão ou mais fracos que todos os outros, que não somos anjos (a única semelhança será o branco) e que um dia podemos ser nós do outro lado. Um dia seremos melhores, atingiremos o topo da nossa caminhada, seremos detentores de uma capacidade humanista e científica distinta de todas as outras pessoas, mesmo assim continuaremos a falhar e a ser nada mais do que o frágil ser humano, igual na diferença. Um dia seremos médicos!